Eu gostaria de sugerir que, nesse momento, você fizesse uma breve pausa nesta leitura, desse uma boa espreguiçada, esticando os seus braços para o alto, desse um suspiro profundo – pelo menos duas ou três vezes – e lesse com atenção essas breves linhas:
Na última Olimpíada de 1996 que teve lugar em Atlanta, na Geórgia, certamente que houve momentos memoráveis, os quais ficarão registrados nos anais do momento máximo do esporte mundial.
Um dos pontos altos dessa última competição teve como personagem a jovem americana Kerri Strug, vencedora da equipe de ginástica, representando o seu país.
Durante um dos seus voleios sobre a barra, ela sofreu uma séria contusão no tornozelo esquerdo. A dor era intensa e quase que insuportável; porém, com uma determinação de ferro, ela foi em frente até ao último minuto da sua apresentação, consciente de que deveria fazer aquilo para o qual fora convocada a fazer.
Na conclusão do seu último voleio, a jovem desmaiou de tanta dor e teve que ser carregada, a fim de receber o prêmio mais cobiçado de toda a competição. Suas palavras, após o recebimento da medalha de ouro, foram estas: “Eu simplesmente coloquei na minha mente que tinha que prosseguir até o final. Eu não poderia desistir naquele momento. A dor era intensa e na minha mente eu ensaiava dizendo: só falta mais um voleio, eu posso conseguir, eu posso conseguir…!”
Mary Lou Retton, outra atleta notável e também vencedora de várias medalhas de ouro nas Olimpíadas de 1984, escreveu um artigo no jornal “USA Today” sobre a conquista de Kerri.
Ela aplaudiu a determinação da jovem ginasta e fez o seguinte comentário: “Em 1984, seis semanas antes dos jogos de Los Angeles, eu tive uma cirurgia, a fim de reparar uma contusão no meu tornozelo esquerdo. Prá mim, fazer uma exibição de ginástica, envolvida em meio a grande dor física, já fazia parte constante de minhas competições.
Lembre-se que para a maioria dos atletas a dor é uma parte inerente ao processo. Essas meninas que competiram em Atlanta trabalharam a maior parte das suas vidas para chegar até aquele momento. A dor não irá impedi-las de alcançar o seu alvo porque a dor já faz parte daquela jornada.
O ministério cristão é muito semelhante a um evento atlético. Ouça essas palavras… “Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos com perseverança a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus.
Considerai, pois, atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossa alma” (Hebreus 12:1-3).
Duas vezes o texto faz referência ao que Jesus “suportou.” Paulo, escrevendo a Timóteo, o exorta dizendo: “Participa dos meus sofrimentos, como bom soldado de Cristo Jesus” (II Timóteo 2:3).
As Escrituras, ao longo de todo o seu contexto, está repleta de exemplos e de ilustrações de indivíduos que encararam dificuldades e aceitaram as dificuldades em seus ministérios dedicados ao Senhor. Alguns deles foram especificamente mencionados pelo nome, em Hebreus 11. Por exemplo… “Moisés…recusou ser chamado filho da filha de Faraó, preferindo ser maltratado junto com o povo de Deus a usufruir prazeres transitórios do pecado.” (Hebreus 11:25).
Outros, ainda “…fecharam a boca de leões, extinguiram a violência do fogo, escaparam ao fio da espada, da fraqueza tiraram força, fizeram-se poderosos em guerra, puseram em fuga exércitos de estrangeiros.
Mulheres receberam, pela ressurreição, os seus mortos. Alguns foram torturados… outros, por sua vez, passaram pela prova de escárnios e açoites, sim, até de algemas e prisões. Foram apedrejados, provados, serrados pelo meio, mortos a fio de espada; … necessitados, afligidos, maltratados (Hebreus 11:32-38).
Possivelmente, após ler esta lista de dificuldades, os seus problemas talvez já nem pareçam tão grandes ou mesmo pesados como há alguns momentos atrás. Permita-me concluir com um poema de um autor desconhecido, o qual, porém, tem falado sempre ao meu coração em tempos de desencorajamento:
Não desista!
Quando as coisas não vão bem, como pode acontecer,
Quando a estrada só vai para cima e nunca parece descer,
Quando o dinheiro é pouco, e as dívidas como o mar,
Quando se quer sorrir, mas só se pode chorar,
Quando há cuidados que nos querem oprimir,
É preciso descansar, mas nunca desistir!
Com suas reviravoltas, a vida vai correndo E todos nós acabamos aprendendo Que muitos dos nossos erros poderiam ser evitados Se tivéssemos persistido e não desanimado.
Não desista então, mesmo que a coisa não caminhe,
Você pode vencer, com só mais uma forcinha!
Sucesso não passa de fracasso às avessas,
É o brilho que se vê ao redor das nuvens mais espessas.
Você nunca sabe se está prestes o seu alvo de atingir,
Pode estar chegando, embora não o possa discernir;
Portanto, continue lutando quando a dura luta chegar,
Quando tudo parece pior é que você não pode desanimar!
Autor Desconhecido
Tradução J.W. Faustini, 1996
Continue encorajado na abundante obra do Senhor, sabendo que o seu trabalho não está sendo em vão!
Pastor Derville — blogspot
2ª Igreja do Evangelho Quadrangular
Ministério: Rev. Júlio e Rev. Eliana
sábado, 10 de abril de 2010
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